Frustrações maternas
Ontem levei a minha filha ao posto de saúde para conferi se a caderneta de vacinação estava em dia. E depois a levei a consulta com a pediatra. Mas o quê parecia um dia comum na maternidade, me deixou muito frustrada com a criação que eu tenho dado a minha filha. Eu não sou adepta a palmadas, para mim a educação tem que ser com diálogo e ensinamentos diários. Mas ontem eu senti que estou fracassando com a minha filha, pois ela vez várias coisas que eu vivo explicando que não é correto e vivo ensinando como ela trabalhar os seus sentimentos.
Mas se eu não consigo trabalhar com meus sentimentos como eu posso querer que uma menina de 2a5m saiba? Será que batendo eu vou ter uma filha que saiba controlar esses sentimentos ou apenas será uma pessoa reprimida?
Eu não sei as respostas, mas a única coisa que sei é que terei de rever os meus conceitos, pois não dar para passar por essa situação de novo. Também posso fazer o quê muitas mães fazem que é deixar de sair para que não tenha que conviver com birras e falta de educação da minha filha com as outras pessoas.
O pior é que não é a primeira vez que minha filha faz uma birra dessa magnitude e provavelmente não será a ultima, mas desta vez eu fiquei muito magoada, frustrada, decepcionada, e não sei falar se com ela ou comigo por não consegui resolver a situação.
Não recebi olhares de reprovação e nem de discriminação, pelo menos não percebi, mas recebi apoio, cumplicidade de outros pais que vivenciam situações assim a todo o tempo. Contudo é muito difícil essa situação, é muito triste como pais não consegui ensinar os filhos a controlar e conversar sobre o seu sentimento.
E quando chegamos em casa, ela já estava mais calma e pensei que a situação estava controlada, ledo engano...ai a decepção foi grande pela atitude dela.
Quando estávamos no Posto de saúde ela fez língua para um senhor que estava querendo distrai-la, fiquei com a cara no chão, pois ela nunca tinha feito isso, ou pelo menos eu nunca tinha visto ela fazer isso. Depois na volta da consulta com a pediatra, ela fez uma birra daquelas, me bateu, pegou meus óculos e jogou no chão, correndo o risco de quebra-lo, cuspiu, gritou, esperneou. Chegando em casa ao preparar o almoço dela, ela pegou o pratinho e jogou a comida toda no chão. Ela nunca tinha feito isso e eu sinceramente fiquei sem reação, simplesmente limpei tudo e fui arrumar o meu almoço, mas eu não saboreei o gosto da comida, eu simplesmente engoli a refeição.
A decepção, a frustração doeu na alma. Neste momento senti que errei feio na educação da minha filha, que ela não respeita nada, pois mesmo com fome jogou a comida fora para que sua vontade prevalecesse. E eu não fiz nada, somente refleti e não consegui chegar em nenhuma conclusão de como educar a minha filha para não ser uma pessoa egoísta e mimada.
Mais tarde conversei pela milésima vez com ela e expliquei sobre como a atitude dela me magoou, mas na primeira contrariedade lá estava ela fazendo língua para mim, ou gritando que queria alguma coisa naquela momento, naquele segundo...eu realmente errei...
